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Você sabia que estamos concorrendo a um prêmio de atendimento aos nossos clientes?

Pela segunda vez consecutiva, a Unimed-Rio é uma das finalistas da categoria de Planos de Saúde no Prêmio Reclame Aqui 2022. A premiação acontece anualmente e, através da votação popular, que se encerra hoje (18/11), elege as melhores atuações no atendimento ao consumidor naquele ano.     

As marcas que estão concorrendo ao prêmio foram escolhidas por sua rapidez e qualidade na resolução de contratempos apontados em comentários na plataforma Reclame Aqui.    

Você é nosso cliente especial e juntos podemos levar o título de melhor atendimento. Afinal, a nossa participação nesse prêmio só foi possível com a sua opinião.

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Atenção: sistema em manutenção durante o final de semana

Neste final de semana será realizada uma manutenção estrutural em alguns de nossos sistemas, que pode provocar lentidão no processo de autorização e deixar alguns de nossos serviços fora do ar.
Estamos trabalhando para que tudo seja normalizado o mais breve possível.
Orientamos aos nossos clientes que, neste período, caso você precise de algum serviço urgente do seu plano, entre em contato com a nossa Central de Atendimento.

Reforçamos ainda que o atendimento assistencial em consultórios, laboratórios e hospitais está garantido. Fique tranquilo.

Pedimos desculpas por eventuais transtornos e agradecemos sua compreensão.

A saúde da mulher teve destaque no VII Congresso Médico Unimed-Rio

A saúde da mulher também ganhou destaque no VII Congresso Médico Unimed-Rio. O Simpósio sobre cirurgia, ginecologia e mastologia foi dividido em dois blocos. O primeiro deles falou sobre as várias faces da endometriose, e contou com a presidência de Katia Bello (especialista em ginecologia e Diretora Administrativa da Unimed-Rio) e moderação de Paulo Jose Moreira De Macedo (cirurgião geral e coloproctologista) e Carlos Carvalhal Rainho (urologista). Já o segundo bloco, dedicado à discussão sobre o câncer de mama, contou com a presidência de Cláudia Lunardi (ginecologista) e moderação de Erica Motroni (mastologista).

Endometriose

A endometriose, segundo Cláudio Moura, especialista em endoscopia ginecológica e coordenador do Núcleo de Endometriose e Histeroscopia do Hospital Riomar, é a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina e é uma doença que pode acometer tanto órgãos ginecológicos, quanto órgãos não-ginecológicos. O especialista iniciou o bloco falando sobre a endometriose profunda, os fatores e casos clínicos que levam ao procedimento cirúrgico e a importância da visão do ginecologista e da atuação de uma equipe multidisciplinar no tratamento da doença. “Quando estamos diante da endometriose profunda, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. E, obviamente, o tratamento não é visar a cura, mas visar a qualidade de vida da paciente”, explicou Cláudio.

A discussão também contou com a visão do urologista José Anacleto. O especialista, chefe do Serviço de Urologia do Hospital Federal da Lagoa (HFL) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), falou um pouco sobre a endometriose de vias urinárias e a sistematização cirúrgica nesse caso. Assim como Cláudio, Anacleto ressaltou a importância da participação de uma equipe multidisciplinar para tratar a endometriose. “É extremamente importante fazer com que os colegas de diferentes especialidades participem desse processo desde o início, tendo o conhecimento do paciente desde o pré-operatório. É preciso fazer uma avaliação clínica ou outros exames para que possamos entender melhor a doença, compreender o sofrimento dessas pacientes e oferecer o melhor tratamento”, ressaltou.

A discussão sobre endometriose intestinal ficou por conta de Paulo Reis, cirurgião geral e coloproctologista. Durante sua apresentação, o especialista mostrou alguns casos cirúrgicos, focou em explicar qual o melhor tipo de cirurgia para este tipo de endometriose e ressaltou ainda a importância de respeitar a individualidade de cada caso da doença. Segundo ele, cada paciente possui um caso diferente de endometriose e o tratamento precisa ser adaptado de acordo com suas características e individualidades. “Precisamos adaptar a cirurgia à paciente”, completou.

A infertilidade em pacientes com endometriose também foi pauta na discussão. Segundo o ginecologista e obstetra Paulo Gallo, especialista em reprodução humana assistida, vários estudos mostram que pacientes com endometriose podem apresentar alterações na capacidade de migração espermática e na qualidade da ovulação, além de dificuldades na implantação do embrião na cavidade endometrial. “Pacientes com endometriose possuem um processo inflamatório, a nível de cavidade pélvica, que irá interferir nas interações espermocitárias, causando menor chance de engravidar até mesmo na gestação espontânea”, explicou Paulo.

Câncer de mama

No segundo bloco, o assunto foi o câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, o câncer de mama. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, são diagnosticados mais de 60 mil novos casos da doença a cada ano.

O mastologista Rafael Szymanski Machado falou um pouco sobre a doença e a relação com a gravidez. Segundo o especialista, o tratamento contra o câncer de mama é bastante agressivo podendo causar alterações no corpo da mulher, como a destruição de óvulos ou indução à menopausa precoce. Esses fatores dificultam a gravidez e, por isso, é comum que médicos sugiram a técnica de congelamento dos óvulos das pacientes antes de iniciar o tratamento. O especialista ressaltou que o ideal é aguardar até o final do tratamento para realizar uma avaliação e identificar o melhor momento para a gravidez. Além disso, Rafael destacou que é importante dar atenção às mamas na gravidez e, quando o câncer de mama ocorre nesse momento, ele pode ser tratado com segurança, exigindo cuidados das equipes de oncologia, mastologia e obstétrica para a garantia do cuidado dos dois pacientes (mulher e seu filho) até o nascimento. O acompanhamento com um mastologista é fundamental durante todo o processo.

Os aspectos da fertilidade no câncer de mama também foi o tema debatido na aula do especialista em reprodução humana assistida, o ginecologista Cássio Sartório, que fechou o painel falando sobre a preservação e intervenção na infertilidade da mulher com câncer. Segundo Cássio, pode-se realizar o congelamento do óvulo ou do embrião. O congelamento de óvulos é uma ótima opção de tratamento onde a decisão futura é exclusiva da mulher. A grande questão é que o óvulo não é um embrião, é só metade de um todo, portanto depende do espermatozoide de um banco ou do parceiro. Além disso, Cássio explicou que o sucesso na reprodução assistida está diretamente ligado à idade da paciente e quantidade de óvulos congelados. “Nossa orientação para essa paciente é em relação a quantidade de óvulos a serem congelados. Quanto mais óvulos, mais chances de se conseguir um bebê. Por exemplo, se uma paciente com idade média de 37 anos, com câncer, conseguir congelar dez óvulos, ela teria em torno de 70% de chance de gravidez”, ressaltou o especialista.


Simpósio de Oncologia promove debate sobre a especialidade no século XXI

Medicina personalizada, educação continuada e pesquisa clínica foi o tripé da discussão sobre a Oncologia no século XXI, no simpósio da especialidade que ocorreu no período da tarde. O encontro foi presidido por Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, e moderado pelo coordenador médico do grupo Oncoclínicas, Pedro de Marchi. Ele também abriu a mesa falando sobre tratamentos alternativos do câncer e avanços que permitem uma maior sobrevida e, principalmente, qualidade de vida do paciente com a doença.

“A gente têm aprendido a lidar com a doença em sua fase metastática. Conseguimos controlá-la com táticas melhores do que fazíamos anteriormente”, afirmou Pedro ao iniciar sua palestra. Ele pontuou que, por muito tempo e até hoje, o tratamento mais usual é com drogas que interferem no ciclo celular, os quimioterápicos clássicos, levando eventualmente a célula cancerígena à morte. No entanto, está claro que outros mecanismos celulares de escape são desenvolvidos a partir desse tratamento, como por exemplo, o aumento da proliferação dessas células. Segundo Pedro, esses mecanismos acabam gerando uma sobrevida aos tumores e para cada um deles existem uma ou mais proteínas fundamentais para que ele aconteça. Atuar na produção de drogas que inibem essas proteínas faz com que se saia de um cenário em que se submete todo o organismo à quimioterapia e se passa para um cenário em que é possível personalizar o tratamento.

Para exemplificar, Pedro trouxe um caso de paciente com câncer em fase de metástase cerebral, com pouca expectativa de vida. Com a terapia alvo escolhida em conjunto com a paciente, ela, que tinha a expectativa de apenas algumas semanas, viveu mais 8 anos com a doença controlada. “Graças a terapia alvo, tivemos um aumento de sobrevida de 11 vezes”, completou Pedro.

Desafios da educação médica continuada no terceiro milênio: oncologia em foco

“Pensar na educação hoje, é se desconstruir”. Assim iniciou a palestra o gerente executivo de ensino do Grupo Oncoclínicas, Dr. Eduardo Maluf, que discutiu e apresentou as propostas educacionais, abordando tudo o que está querendo se construir por lá, levando em consideração os desafios enfrentados na educação. Para ele, em um mundo cada vez mais conectado e digital, as adversidades estão em entender e usar da melhor forma a linguagem e as metodologias.

Eduardo fala sobre como a pandemia acelerou a implementação de uma educação virtual que pudesse atender uma demanda maior. No entanto, neste cenário é necessário pensar em novas metodologias. Uma tendência que já vinha acontecendo mesmo antes da pandemia é o atraso da formação básica, que precisa ser corrigido na educação superior. Depois da fase de isolamento social, a tendência é que daqui a 10 anos o mercado encontre profissionais mal formados, já que o ensino a distância foi tratado como algo emergencial e não uma realidade duradoura.

“A gente está recebendo uma geração nova que é diferente e precisamos estar atentos para quais linguagens serão usadas nas metodologias”, disse Eduardo, ao focar a importância que é acompanhar as mudanças na educação. Para ele, é imprescindível transformar uma pesquisa, por exemplo, em um conhecimento real e prático, trazendo perenidade para a educação.

Pesquisa Clínica e seu impacto para operadoras de saúde

Pedro de Marchi entrou em cena mais uma vez, agora para discutir sobre a pesquisa clínica no Brasil e tudo que a envolve: desenvolvimento, regulamentação, vantagens para os participantes e muito mais.

A pesquisa clínica funciona, na verdade, como um fator para a qualificação da assistência médica. Segundo Pedro, não existe pesquisa clínica sem que haja risco ao participante do experimento. Há, por exemplo, um histórico de situações que submetiam seres humanos as pesquisas sem que houvesse a devida responsabilidade com a vida, principalmente em períodos de grandes guerras. Para isso, surgiu a necessidade de uma primeira regulamentação da pesquisa clínica em todo o mundo, a partir do código de Nuremberg, que previu que não deveria ser conduzido nenhum experimento quando existissem razões para acreditar que ele pode gerar a morte ou invalidez permanente do participante. Apesar de ser o primeiro, não foi o suficiente para evitar abusos, fazendo com que em 1964, este código passasse por uma atualização, ficando conhecido como Declaração de Helsinki. Esta declaração já está em sua sétima versão, sempre sendo atualizada com base na responsabilidade com a vida e o bem estar de quem participa dos experimentos.

Mas como está o Brasil no mapa mundo da pesquisa?

Segundo Pedro, ao analisar apenas a América Latina, nós participamos de apenas 3% dos ensaios clínicos hoje cadastrados, representando um pouco mais de 13 mil estudos na América Latina. Isso mostra uma participação ainda muito discreta e, quando se trata de estudos oncológicos, essa pequena representação se repete. Em 2019, de 3.179 estudos feitos no mundo, o Brasil fez parte de apenas 2%. Para Pedro, o que temos é uma longa caminhada neste sentido, o que não deixa também de ser uma oportunidade de pensar a pesquisa clínica especificamente para a nossa população, levando em consideração nossa miscigenação, pouco encontrada em outros países.


Novas abordagens e avanços farmacológicos no tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2

“A cada 4 minutos morre uma pessoa com diabetes no mundo.” Foi assim que o moderador Ivan Ferraz finalizou a manhã do último sábado (22/10), que discutiu sobre as novas abordagens no tratamento do Diabete Mellitus tipo 2. Além dele, o simpósio contou com Cristiane Campello como presidente. Nele, a discussão teve como fio condutor uma só pergunta: o que há de novo no tratamento do diabetes tipo 2?

Para trazer novas abordagens terapêuticas no controle metabólico da doença, a mestre e doutora em endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dhiãnah Santini, chamou atenção para os novos objetivos de tratamento, encontrados nas mais recentes diretrizes. Segundo ela, apenas a correção da glicose não é mais o suficiente para um tratamento eficaz. “Se corrigir a glicose não mudar o desfecho da doença, as complicações, a comorbidade, não mudar a história natural do diabetes: isso não faz tanto sentido”, explicou Dhiãnah.

Se antigamente havia medicamentos apenas para a redução da glicose, Dhiãnah pontua que, atualmente, já é possível encontrar remédios que, para além disso, diminuem também os riscos de complicações cardíacas e renais, e que resultam na perda de peso. Dessa forma, o foco está em aumentar a expectativa de vida do paciente, com a qualidade que ele merece.

Tratamento e acessibilidade. O que tem a ver?

“A educação deve ser parte do tratamento para que o paciente tenha condições de fazer o autogerenciamento da doença”, destacou Dhiãnah, ao iniciar a discussão.

Segundo ela, as diretrizes já têm levantado a importância de colocar o paciente como centro do tratamento, considerando características individuais como questões econômicas, sociais e comportamentais. Para isso, Dhiãnah pontua a importância da adequação da linguagem com o paciente, sendo feita de forma acessível para que, além de educá-lo, não reforce estigmas relacionados à doença. “Hoje recomendamos que trate o paciente com diabetes como ‘pessoa com diabetes’ e não mais como ‘diabético’, para não reforçar esse estigma, que muitas vezes faz com que a pessoa se afaste ou crie resistência ao tratamento”, exemplificou.

O papel das novas drogas na proteção cardiorrenal no tratamento do Diabetes tipo 2

Oitenta por cento das pessoas com diabetes tipo 2 morrem por complicações cardiovasculares. Essa é a relevância que o pesquisador do Departamento de Endocrinologia da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC Alexander Benchimol apresentou para discutir os benefícios cardiorrenais nos tratamentos da doença. Trazendo alguns dados importantes, Alexander afirma que nos últimos 10 anos, a medicina para o diabetes foi de alto impacto, sendo marcado por diversos avanços fármacos que possibilitaram a melhor qualidade de vida do paciente. Um deles, é o surgimento de uma nova medicação que bloqueia a hiperativação que gera a inflamação e fibrose tanto no coração, quanto no rim, principais órgãos atingidos no tratamento da doença.

“A gente evoluiu muito tecnologicamente não só em termos de fármacos, mas em termos de controle. Hoje em dia as pessoas têm condições de monitorar a glicose através de um único sensor, vendo em tempo real o que está acontecendo. Isso nos ajuda muito na tomada de decisões de tratamento”, completou Alexander.

Diabetes tipo 2 após a pandemia

Ao ser questionada sobre a importância da discussão do tema após a pandemia, Dhiãnah pontuou ser fundamental que essas novas abordagens no tratamento do diabetes tipo 2 sejam disseminadas em um cenário onde temos ainda mais pessoas em quadros sedentários, com ganho de peso expressivo, por conta do isolamento social. “Hoje, são quase meio bilhão de pessoas no mundo com diabetes. No Brasil, temos 1 a cada 10 adultos com diabetes. Então, precisamos ensinar às pessoas a fazer diagnóstico e tratar precocemente a doença”, completou.


A saúde digital na rotina do médico após a pandemia e a chegada da telemedicina

Como a evolução da tecnologia na medicina está interferindo nos consultórios médicos? Foi este o fio condutor de toda discussão do simpósio satélite da Conexa Saúde no VII Congresso Médico da Unimed-Rio, com Gabriel Garcez, diretor médico da plataforma e médico ortopedista.

Ele começou explicando que a transferência da vida para um universo cada vez mais digital foi completamente impulsionada com o período de afastamento social devido à pandemia de Covid-19. Após dois anos de tantas mudanças, com o setor da saúde não seria diferente. Mas, segundo Gabriel, se engana quem acha que recursos como a telemedicina vêm para substituir o atendimento físico. “São ferramentas complementares”, afirma.

Apesar de ter começado antes, o estouro da saúde digital ocorreu mesmo no período da pandemia. Para ter uma ideia desse aumento, antes da pandemia a telemedicina atingia 1% dos médicos do mundo, após a Covid-19, essa porcentagem aumento para algo entre 50% e 80%, segundo a Harvard Bussiness Review. Para Gabriel, isso mostra como a sociedade já vislumbrava essa tendência de casar a medicina com a tecnologia e facilitar o acesso do médico aos pacientes.

Para mostrar o exponencial crescimento da telemedicina, Gabriel trouxe mais alguns dados dos atendimentos realizados na plataforma da Conexa. Em 2020, o primeiro ano da pandemia, foram mais de dois milhões de atendimentos. Hoje, após mais de dois anos e, mesmo em um cenário mais controlado, esse número vai para nove milhões de atendimentos só na plataforma.

Além dos atendimentos online, o diretor médico comentou sobre outras tecnologias complementares que já estão sendo estudadas para serem usadas nas consultas, principalmente em casos de pacientes crônicos. Ele mencionou o uso de dispositivos de monitoramento pessoal, como um aparelho que mede a pressão arterial da casa do paciente e sobe a informação direto para o prontuário do médico. Outro exemplo são os medidores de glicemia que são feitos também casa. Este dispositivo gera um relatório e sobe ele para nuvem, para que o médico possa acessá-lo.

Desafios da saúde digital daqui em diante

“O principal desafio agora é a gente não repetir no digital os problemas que vivemos há tantos anos no físico”, afirmou Gabriel ao abrir a discussão. Para ele, a promoção eficiente e menos custosa deve ser a prioridade das cooperativas nos próximos anos. Ele completou, afirmando que agora é o momento de continuar com os avanços e intensificar os estudos e análises para colher bons frutos no futuro.

Ao responder sobre a importância de discutir sobre saúde digital em congressos como este, Gabriel deixou um recado aos médicos: “quem promove a revolução e transformação digital na saúde são os profissionais da saúde”. Para ele, de nada adiantará todo o avanço e estudos se os profissionais da saúde não comprarem as ideias e não estiverem dispostos a colocar em prática o uso de recursos tecnológicos.


Novembro: Mês da Saúde do Homem

Novembro é o mês dedicado à saúde do homem e, principalmente, à conscientização e prevenção do câncer de próstata.

Você sabia que esse tipo de câncer é o segundo que mais afeta a população masculina?

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata atinge 65 mil brasileiros por ano, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esse número corresponde a cerca de 29,2% dos tumores incidentes entre homens.

Vale ressaltar, que a maneira mais assertiva de identificar e prevenir o câncer de próstata é através de consultas recorrentes e exames de rotina. 

No entanto, segundo o Ministério da Saúde, um terço dos homens não se cuidam como deveriam e 70% só procuram ajuda médica por influência da família.

Por isso, com o objetivo de sensibilizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde, romper com tabus e ressaltar a importância da realização dos exames de preventivos, nós, da Unimed-Rio, queremos compartilhar com você algumas dicas que precisam fazer parte da sua rotina de cuidados.

Deixe a vergonha e o preconceito de lado!

Ao contrário de que muitos pensam, o exame de próstata não é nada doloroso, vergonhoso ou demorado. Na verdade, é considerado pelo Ministério da Saúde a maneira mais eficaz de prevenção. O procedimento dura apenas 10 segundos e deve ser feito todo ano. Esse sim, é um ato de amor à saúde.

Além disso, uma rotina repleta de atividades físicas também é fundamental para prevenção e tratamento desse tipo de carcinoma.

Prevenção, atenção e cuidado.

A melhor forma de prevenção é conhecer seu corpo. 

     
       Fique atento aos seguintes sinais do seu corpo:  
  • Micção frequente;
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Sangue na urina ou no sêmen;
  • Disfunção erétil;
  • Dor no quadril ou nas costas;
  • Fraqueza ou dormência nas pernas ou nos pés;

     Ao perceber qualquer uma dessas mudanças, procure seu médico.

 

Ver você bem e com a saúde em dia é o nosso plano!

Comece a se cuidar hoje mesmo!

Fontes: Instituto Nacional de Câncer, INCA. Organização Mundial da Saúde, OMS. Ministério da Saúde. 


Desafios na Prevenção Primária de Doenças Cardiovasculares

O Simpósio “Desafios na Prevenção Primária de Doenças Cardiovasculares”, trouxe à tona questionamentos importantes sobre a avaliação inicial de risco cardiovascular, com a contribuição de boas práticas e as melhores ferramentas de apoio neste processo.

Na visão do cardiologista Marcelo Assad estratificar as doenças cardiovasculares em pacientes ainda não diagnosticados, devido à grande incidência de casos, deve ser uma prática não apenas do cardiologista, mas de diversas especialidades. O primeiro passo, para ele, é uma anamnese bem feita, com a pesquisa de fatores de risco coronariano sejam eles modificáveis ou não. O primeiro e mais importante dado que deve ser observado é o histórico familiar de doença coronariana ou a presença de doença vascular precoce.

É necessário ainda buscar no exame físico dados que sugiram que o paciente possa ter alguma alteração. “Sabemos que grande parte dos hipertensos não sabem que são hipertensos. Então, é importante avaliarmos outros fatores de risco como obesidade, sedentarismo e tabagismo”.

“Do ponto de vista laboratorial, é necessária a avaliação do perfil glicídico, ou seja, avaliar não só a glicemia em jejum, mas a hemoglobina glicada do paciente”. Já a análise do nível de insulina não foi considerada como determinante para o diagnóstico. “O nível de insulina em si não é o parâmetro adequado do ponto de vista de avaliação do risco de doença coronariana no paciente. A indicação medicamentosa não deve se basear na insulina”.

Assad apontou que o colesterol é o principal fator de risco no desenvolvimento de doença vascular aterosclerótica. “O parâmetro mais importante é o LDL. Dependendo do valor inicial do LDL, o médico poderá definir a estratificação de risco do paciente”, disse.

A utilização do escore de risco como ferramenta de avaliação inicial é utilizada. “Hoje, os médicos contam com a tecnologia como aliada. O departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, por exemplo, desenvolveu um aplicativo que determina o risco”, disse. “O risco e o LDL são os dois mais importantes parâmetros que irão definir estratégias de tratamento. Quanto maior o LDL e maior o risco, maior será a intensidade do tratamento.

Uso de Estatina

A avaliação de casos em que seja necessário o uso de Estatina foi outro ponto importante debatido. Os médicos discutiram o caso hipotético de um paciente masculino de 55 anos sem fator de risco tradicional e com LDL de 128 mg.

O momento da introdução do uso da Estatina vem sendo estudado e revisto. Assad mencionou que a carga de colesterol ao longo da vida tem sido determinante para a definição da introdução de Estatinas. No caso hipotético, outras ferramentas, como o escore de cálcio, doppler de carótida, dentre outros, foram sugeridos para determinar ou não a introdução. No caso discutido, a exposição ao LDL ultrapassou o limiar de 5000 mg-ano já colocando o paciente em risco aumentado de evento coronariano, sendo indicado estatina.

Daniel Consendey Ganimi, lembrou ainda a importância da prevenção nessa “equação”. “O médico precisa equiparar os esforços de prevenção ao risco do paciente”, disse. Ele apontou o escore de cálcio coronariano como opção diagnóstica. “O escore de cálcio captura informações sobre a Aterosclerose na sua manifestação subclínica e com cálcio. Essa é a informação trazida no exame, que é revolucionário, nos permite refinar o risco”.

Em relação a utilização de aspirina infantil como prevenção primária entre 40 e 75 anos de idade, os ensaios clínicos realizados e publicados não mostraram benefício na sua utilização. E ainda aumenta o risco de sangramento.

Marcelo Hadlich mencionou ainda a importância de o médico estar atento à hiper estimativa de riscos presentes em muitas ferramentas de cálculo. “Essas ferramentas não estão ‘olhando’ para a artéria, mas fazendo uma estimativa. O escore de cálcio, a meu ver, entra como um método diagnóstico de Aterosclerose e também de reclassificação de risco”. Acrescentou ainda que uma grande indicação para a realização do escore de cálcio é naqueles pacientes que foram classificados como de risco intermediário. Assad citou que a utilização do escore de cálcio é particularmente efetivo antes da introdução da Estatina, uma vez que quase 30% dos pacientes são reclassificados para menor risco.

Ainda sobre o uso da Estatina, a Hepatologista Vanessa Pinheiro de Queiróz lembrou que há alguns mitos sobre seu uso entre pacientes com problemas hepáticos. No entanto, ela ressaltou não haver contraindicações de seu uso sob sua avaliação. “Costumo sempre que possível reverter a visão de que o uso da Estatina não é indicada para pacientes com problemas hepáticos, mas apenas para pacientes cirróticos descompensados graves”, disse. No caso de mulheres em período fértil, o uso também deve ser avaliado com critério, sendo suspensa antes da gravidez.

Dra. Vanessa acrescentou que a esteatose hepática metabólica é um fator de risco independente e subestimado para doença cardiovascular aterosclerótica. A base do tratamento é a modificação do estilo de vida, incluindo exercícios regulares e hábitos alimentares saudáveis e que redução de 10% no peso corporal leva a uma redução importante na gordura no fígado.


Dúvidas Frequentes no consultório do cardiologista em arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e doença coronariana

Como o título sugere, o painel trouxe diversos temas da cardiologia para serem debatidos por renomados profissionais da Cardiologia no Brasil.

A arritmologista Ana Inês Bronchtein abordou em profundidade a avaliação e a investigação do paciente com palpitação. “A palpitação é um sintoma muitas vezes subjetivo. É preciso entender se é uma palpitação taquicárdica, se é extrassístole ou se é um paciente com quadro de ansiedade, por exemplo”.

Do ponto de vista investigativo, o mais importante para o especialista é o monitoramento da palpitação. “Qual a expressão eletrocardiográfica desse sintoma? É importante correlacionarmos o sintoma ao evento”. Ana citou que há mais de 15 anos é utilizado o monitor de eventos por tempo prolongado para identificar morfologicamente o tipo de arritmia, sua origem, se é atrial ou se é ventricular.

“Relacionamos esse tipo morfológico com alguma doença de base ou com um coração estruturalmente normal. O principal fator que define o início do tratamento é se a pessoa tem cardiopatia estrutural ou se ela tem sintomas. Todas as arritmias podem dar palpitação, mas, por exemplo, é possível haver uma fibrilação artrial assintomática. Então, é necessário o registro eletrocardiográfico, de preferência prolongado, desse evento”, destacou.

Ana também indicou quando a investigação precisa ser aprofundada para obtenção de diagnóstico em casos de fibrilação artrial, a arritmia mais prevalente no mundo e que traz sempre a preocupação pelo risco de embolização.

“A fibrilação artrial é considerada hoje uma epidemia, e está relacionada ao envelhecimento. Assim, para idosos acima de 65 anos, principalmente os com comorbidades, a recomendação de todas as Sociedades Mundiais de Cardiologia é que seja feito um screening ativo. É uma busca ativa, de preferência com eletrocardiograma”, disse.

A partir do diagnóstico, o tratamento com anticoagulantes deve ser iniciado. “O tratamento é capaz de mudar o desfecho, evitar um evento embólico, morte ou insuficiência cardíaca. A fibrilação artrial é uma doença metabólica e associada a desfechos cardíacos múltiplos. Até mesmo a demência está relacionada a ela, por isso a importância do diagnóstico apropriado”, explicou.

Para definir a estratégia de tratamento do paciente, incluindo controle de frequência e de ritmo foi levantada a hipótese de ablação como primeira escolha de tratamento.

“Alguns estudos mostram que a ablação tende a mostrar bons resultados, mas não temos grandes estudos confirmando isso, com alguma correlação estatística. No entanto, notamos que com a ablação há diminuição de casos de hospitalização, passamos a ter eventos menos frequentes, e quando há, a reposta à medicação é melhor. Quando a ablação é indicada mais precocemente, com o paciente com pouca cardiopatia atrial, os resultados são melhores. De forma resumida, a ablação é indicada para o paciente sintomático com fibrilação atrial paroxística, preferencialmente que tenha risco de insuficiência cardíaca. Temos que compartilhar com o paciente essa decisão de utilização, uma vez que há opção do uso de medicamentos, que deve ser considerada”, finalizou.

A Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP)

Outro ponto debatido foi a Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP), condição que tem ganho cada vez mais atenção por conta do aumento do número de casos, e que nem sempre é de fácil diagnóstico. Então, quando devemos pensar, investigar e como tratar a ICFEP?

O professor Evandro Tinoco Mesquita trouxe seu ponto de vista: “Tínhamos dificuldade em fazer o diagnóstico da ICFEP, que é uma síndrome clínica em que o paciente tem uma alteração estrutural ou funcional, junto com a alteração de congestão”.

“Para investigação, é necessário num primeiro momento uma boa ecocardiografia padronizada, para que tenhamos confiança nos dados e até mesmo um eco de esforço para possibilitar o estudo da função diastólica”, disse.

Evandro lembrou ainda a importância em considerar as características da população mais acometida, os idosos, na jornada do tratamento: “Estamos lidando com uma população idosa. Então é importante fazer uma avaliação das comorbidades ou multimorbidades. O segundo ponto é avaliar se este é um indivíduo frágil e o terceiro ponto é avaliar as síndromes geriátricas. O cenário positivo é que temos como opções de tratamento novas drogas que efetivamente podem mudar o desfecho clínico, em particular as glifozinas, são consideradas seguras para a população idosa”.

“Infelizmente, a ICFEP é incurável, então é importante envolver a família no tratamento. Como se trata de uma doença progressiva e sintomática, em algum momento será necessário o suporte paliativo. Em pacientes jovens, pode ser considerada a opção de transplante”, ressaltou.

Os especialistas debateram ainda sobre a importância do investimento na construção de Centros de Doenças Raras, na aprovação de novas drogas na área da cardiologia e sobre as novas Diretrizes Americanas no tratamento da IC, além dos tipos de avaliação se funcional ou anatômica, considerando casos de pacientes com ou sem angina.